Quando é hora de ousar e sair do comodismo
Você já deve ter ouvido (ou mesmo dito) a famosa
frase: “o que não me mata, me fortalece”. Talvez seja este o principal esteio
para os ousados. Em busca da satisfação pessoal em todos os âmbitos da vida,
algumas pessoas investem, além do dinheiro, seu tempo, sua dedicação, suas
forças e, porque não dizer, sua fé. Há pessoas assim: que se doam completamente
à busca de um sentido para suas vidas.
Em outro extremo, existem as pessoas que,
completamente desmotivadas, preferem optar por não sair de sua rotina, de seu
comodismo, e continuam acatando as intempéries do acaso. Ousar, ir além, pra
quê? É bem melhor, mais fácil e mais simples deixar tudo como está e esperar
“cair do céu” a solução para todos os problemas. Aliás, que problemas? Está
tudo muito bem...
Outro jargão pode explicar este impasse: “tudo que
é demais faz mal” e por isso os dois posicionamentos são incorretos. Agir
impulsivamente ou continuar no ritmo “sombra e água fresca” trazem malefícios
em todos os sentidos: corpo, mente e espírito. Equilíbrio é a palavra-chave.
Por isso, se mova e saia da zona de conforto!
Acomodados e infelizes
O emprego não anda nada bem, mas graças a Deus
porque você tem um. O casamento está por um fio, mas pelo menos você não está
sozinha, como outras por aí. A insatisfação perdura em vários âmbitos da vida,
mas pra quê pensar nisso? Amanhã eu resolvo. Depois eu me posiciono sobre este
assunto. Segunda eu começo a dieta. Mês que vem eu começo a me cuidar. Se você
se identifica com algumas dessas frases acima é melhor se alertar para um mal
quase imperceptível, mas que pode causar danos irreparáveis: você pode estar na
zona de conforto, um estado de insatisfação, porém, de comodismo. Algo está
ruim, você sabe que isso lhe prejudica, mas não faz nada para mudar a situação.
Se ousar ou mudar a situação é algo difícil, ter a
consciência de que você permanece neste estado de inércia e infelicidade é bem
pior. “A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer”, já dizia a
escritora Marina Colasanti. A busca por qualquer estágio mais avançado nas
relações pessoais, de trabalho, ou em qualquer outra, sempre exigiu esforço,
determinação e persistência. É a velha história da lagarta que virou borboleta,
mas que antes precisou entrar no casulo. É um estágio de “amadurecimento”, de
desprendimento da atual situação, e que às vezes machuca, mas traz a certeza de
bons resultados.
Tenha a coragem de correr riscos
A nobreza da frase “Quem não arrisca não petisca”
vai além de um ditado popular, pois deixa uma importante lição: corra risco e
torne a sua vida muito mais interessante. Esta é, talvez, a maior razão para
que você saia hoje de sua zona de conforto. Ou você prefere passar o resto de
seus dias levando uma vida rotineira, previsível, sem nunca saber a pessoa
extraordinária que é? Torne desafiadoras as circunstâncias de sua vida para que
sua grandeza possa subir à superfície.
Por que é tão difícil mudar?
Algumas teorias ligadas à Psicologia Humana afirmam
que no momento de nosso nascimento enfrentamos uma mudança tão brusca de
ambiente que nos marca por toda a vida. Isso faz com que encaremos toda mudança
como algo sempre negativo, pois leva à alteração de uma situação da qual você
já tinha se acostumado.
O problema não está na mudança em si, mas na nossa
indisposição de enfrentar o ônus cobrado pela mudança. Nesta fase de transição
é preciso pensar em novos caminhos, criar novas estratégias, novos métodos de
adaptação, enfim, crescer como ser humano. Após esta fase, o espírito se
fortalece e sai renovado. A zona de conforto, ao contrário, empobrece o
indivíduo e o torna escravo de seus medos e angústias.
Na Psicanálise é possível encontrar teorias que
dizem que, depois de estabelecido um equilíbrio entre as relações num grupo de
pessoas, há uma imensa força que se opõe a todos aqueles que procurem perturbar
o equilíbrio alcançado entre todas as partes, muitas vezes a duras penas. O
comodismo luta arduamente contra esta vontade de mudar.
Enfim, o medo da mudança já nasce com o ser humano.
O que você faz dele no decorrer de sua existência é que determina sua
localização: dentro, fora ou próximo à zona de conforto. Você deve conhecer a
história da família pobre que só prosperou depois que sua vaquinha, seu único
bem, caiu em um precipício e morreu. Saia da zona de conforto de vez em
quando. Jogue a sua vaca no precipício.
Paradigmas no ambiente de trabalho
A consultora, especialista em Criatividade e
Administração de Mudanças, Gisela Kassoy, ensina a sair da zona de conforto em
seu trabalho:
* Não existe chegar lá
Nosso know-how tecnológico precisa estar em
evolução constante, clientes demandam tratamento personalizado, as
circunstâncias externas variam e são muitas vezes imprevisíveis. Não se pode,
portanto, achar que temos o domínio total sobre nossa capacidade de realizar
determinadas tarefas. Precisamos analisar nossa carreira como um processo em
evolução contínua.
Pelo contrário, uma auto-crítica brincalhona ajuda o ambiente e estimula a participação dos demais. Se fôssemos bons em tudo não necessitaríamos trabalhar em equipe. Um profissional maduro entende que existem algumas competências que ele domina, outras não. Ele não teme, mas respeita quem tem as competências que lhe faltam.
Não podemos mais lidar separadamente com cada tarefa e cada habilidade. Em vez de sofrer com a falta de tempo, podemos optar pela sinergia entre executar e aprender, executar e delegar e até entre várias tarefas, inclusive as sociais e familiares.
Segundo a lingüista Deborah Tannen, especializada nas diferenças de expressão entre homens e mulheres, o comportamento dos homens é baseado na autoridade, ou seja, buscando fazer-se respeitar, exalar poder. As mulheres, por sua vez, buscam ser queridas, sendo simpáticas, ouvindo seus interlocutores. Não é difícil ver uma mulher confidenciando suas inseguranças ou sendo modesta, ou seja, exibindo sua fragilidade.
Pelo contrário, uma auto-crítica brincalhona ajuda o ambiente e estimula a participação dos demais. Se fôssemos bons em tudo não necessitaríamos trabalhar em equipe. Um profissional maduro entende que existem algumas competências que ele domina, outras não. Ele não teme, mas respeita quem tem as competências que lhe faltam.
Não podemos mais lidar separadamente com cada tarefa e cada habilidade. Em vez de sofrer com a falta de tempo, podemos optar pela sinergia entre executar e aprender, executar e delegar e até entre várias tarefas, inclusive as sociais e familiares.
Segundo a lingüista Deborah Tannen, especializada nas diferenças de expressão entre homens e mulheres, o comportamento dos homens é baseado na autoridade, ou seja, buscando fazer-se respeitar, exalar poder. As mulheres, por sua vez, buscam ser queridas, sendo simpáticas, ouvindo seus interlocutores. Não é difícil ver uma mulher confidenciando suas inseguranças ou sendo modesta, ou seja, exibindo sua fragilidade.
- As mulheres tiveram grande dificuldade de ascensão, pois eram tão
gentis com todos que ninguém as imaginaria como chefes.
- As mulheres hoje são cada vez mais disputadas no mercado de
trabalho, inclusive para cargos de poder.
* Não é preciso ser bom em tudo
* Sinergia é regra
* O Paradoxo Autoridade/Fragilidade
Não é à toa que:
A postura ideal hoje harmoniza autoridade e
fragilidade. Saber usar esses paradoxos ampara o trabalho em equipe, desenvolve
liderados e gera profissionais confiáveis.
Por: Adriana Lima
Por: Adriana Lima
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