Pular para o conteúdo principal

Aprendendo com os erros

Prezados amigos, o tema que quero abordar hoje considero de vital importância para o crescimento pessoal e profissional, trata-se da liberdade para poder errar. A princípio pode parecer estranho, pois sempre ouvimos dizer que temos que reduzir ou minimizar os erros, ou ainda quem erra é incompetente, temos que ter tolerância zero, etc.

Tudo bem, realmente errar não é bom, principalmente quando não se dá mais para corrigir, ou ainda existem casos em que o erro pode ser fatal, mas não é sobre isso que pretendo discorrer, até porque quem chega neste nível de responsabilidade, deve estar bem preparado e com certeza aprendeu muito com os pequenos erros cometidos durante sua trajetória profissional.

Dirijo-me a aquelas pessoas que estão no início de carreira e que precisam de oportunidades para mostrar seu valor, porém, têm medo de tomar decisões, de cometer erros e acabar sendo punidas por isso. Isso acaba inibindo, podando as pessoas, que passam a atuar de maneira burocrática, sem entusiasmo e sempre na defensiva.

Para serem criativas, elas precisam de liberdade, e para terem liberdade, precisam trabalhar em um ambiente onde são incentivadas a pensar, a agir, a testar novas ideias e eventualmente, correr riscos.

Para que haja o aprendizado, é preciso levar em consideração a responsabilidade e a confiabilidade. A responsabilidade não deve ser delegada sem que antes sejam oferecidas condições para a execução das tarefas e treinamento adequado. Todo o trabalho deve ser supervisionado por quem delegou, não se pode abandonar a própria sorte quem está aprendendo, precisa antes de tudo estabelecer uma maneira de, aos poucos, ensinar, confiar, conferir e depois cobrar, aproveitando este momento para a realização de eventuais correções.

É, na sua essência, a aplicação do ciclo PDCA, onde, como todos sabem (ou deveriam saber pois é muito importante), se planeja (ou se ensina),executa a tarefa, verifica o resultado e toma-se então, conforme o caso, as devidas ações corretivas. Com o aprendizado, os erros eventualmente cometidos durante o processo  são profundamente analisados e dificilmente tornarão a se repetir (pelo menos não de forma honesta). É esperada uma mudança no comportamento, o que gera tranquilidade e confiança para alçar voos mais altos.

Por isso é importante que, quando se estiver na fase do aprendizado,  tem que haver humildade, deve-se aceitar eventuais críticas, conferir várias vezes o que está sendo feito (se for preciso, pedir ajuda), e, principalmente, não deixar-se abater, pois todos os grandes lideres já passaram pelo mesmo problema e só chegaram onde estão porque souberam usar isso como incentivo e combustível para buscarem soluções e atingirem seus objetivos maiores, que devem sempre ser de longo prazo.

Abraços.

Comentários

  1. Acredito que essa é a essência do desenvolvimento! Problemas são resolvidos com criatividade, e esta habita em mentes abertas e livres. O medo é um veneno para a proatividade de grandes mentes...
    Parabéns Elias

    ResponderExcluir
  2. Mesmo com todo esse processo, os erros acontecem. E, como foi escrito acima, também se aprende com esses erros. Se houver incentivo, criatividade e uma abertura participativa, com certeza todos tendem a ganhar. Muito bom o blog, parabéns.

    http://heitor-falcao.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. Eu ja ouvi falar que para acender a lampada Thomas Edison falhou mais 1000 vezes.

    Com isso, eu concluo que ele aprendeu 1000 vezes com os proprios erros que não eram a maneira certa para o sucesso de sua lampada.

    Acredito que errar é a base da criatividade, sem erros e falhas, não existirá algo criativo ou inovador. É claro que o medo sempre estará por perto, pois ningem quer ser chicoteado pelo insucesso.

    Dentro das organizações, esse medo se potencializa, pois há investimentos financeiros involvidos, expectivas da gerencia e envolvimento de parcerias SEMPRE esperando resultados IMEDIATOS e POSITIVOS. Como se a criatividade e o esforço para sua realização fosse de um dia para o outro.

    Muitos esquecem do esforço desempenhado, outros criticam as tentativas fracassadas, ja outros querem esperar (é tudo para hoje, é tudo urgente), outros não oferecem estimulos e nem condições para estimulo a criatividade. Ja a maioria esquecem que errar é humano.

    As organizações querem um Thomas Edison que não erre 1000 vezes, elas querem um Thomas Edison que acerte de primeira.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser

A Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser. William Glasser foi um psiquiatra americano (1925-2013), conhecido como o desenvolvedor da Teoria da Escolha e sua aplicação na área da Educação. Através da qual ele afirma que nenhum ser humano é totalmente desmotivado: “Ninguém, apesar de todos os problemas enfrentados, acredita e deseja o seu próprio fracasso. Pelo contrário, gosta de aprender diariamente”. O pesquisador acreditava que ameaças, xingamentos, castigos e punições não eram suficientes para o aprendizado, pois ele não nasce de fora para dentro. Ao contrário dessa postura, a escolha e o desejo pelo estudo nasce de dentro para fora, pois, segundo o autor, é um movimento de liberdade pessoal. A partir de toda essa ideia chegamos à pirâmide de aprendizado proposta pelo autor: A educação, para que seja assertiva, não deve se limitar à memorização mecânica e técnicas similares que contribuem pouco para esse aprendizado. Visite nosso blog: http://competenciatota...

Fazendo acontecer a coisa certa - Livro

Fazendo acontecer a coisa certa Um guia de planejamento e execução para líderes – Pascal Dennis Editora: Lean Institute Brasil, 2007. 247 pág. Fazendo acontecer a coisa certa" ensina líderes empresariais a colocarem em prática o chamado Desdobramento Estratégico do Plano de Negócios da empresa, mas seguindo os preceitos lean.

O Relatório IRRF Day Trade serve apenas para simples conferência

De acordo com o art. 63 da IN RFB 1585/15, os rendimentos auferidos em operações de day trade, realizadas em Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, por qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta, sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda na fonte, à alíquota de 1 % (um por cento). O objetivo do Relatório Auxiliar é demonstrar os valores que serviram de base para a retenção deste imposto, e que são informados à Receita Federal do Brasil, na Declaração de Impostos Retidos na Fonte - DIRF. Este relatório é para simples conferência. O documento que serve de base de cálculo para a apuração mensal dos ganhos líquidos em operações de renda variável é a NOTA DE CORRETAGEM. Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas nas operações de renda variável nos mercados à vista, de opções, futuros, a termos e assemelhados, poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou ...