
Primeiramente,
o profissional precisa responder a si mesmo perguntas como: O que eu faço de
melhor? Quais são os meus talentos? Na maioria das vezes, as pessoas não
conseguem responder de imediato essas perguntas. O que acontece é que alguns
profissionais não conhecem os seus talentos ou não pararam para pensar o que
fazem de melhor. Ou, simplesmente, entendem o significado da palavra “talento”
superficialmente. Digo, é comum pensar que talento esteja ligado apenas a
habilidades como canto, desenho, esportes ou música – que na verdade também são
tidos como dons.
De
qualquer maneira, as habilidades natas não se resumem apenas a ofícios como
estes. Eles vão muito além. Por exemplo, você pode ter o talento de ser
comunicativo, de gerar boas ideias, de saber canalizar a criatividade das
pessoas ao seu redor, ou até de ser excelente em contas ou planilhas
eletrônicas.
Para descobrir
o seu potencial, é importante eleger as qualidades que o tornam diferente dos
outros e no que você é bom naturalmente (o livro “Descubra seus pontos fortes”
pode ajudar bastante nessa etapa). Após descobrir os pontos fortes é preciso
buscar aprimora-los ainda mais. Procurar cursos e maneiras de tornar o que já é
bom ainda melhor. Acredite, a maioria das pessoas segue o caminho contrário e,
dessa maneira, se esforçam demais para melhorar apenas suas piores habilidades,
como se isso fosse a chave para o sucesso. Na verdade, quando desviamos a nossa
atenção para os nossos defeitos tentando melhorá-los, esquecemo-nos de expandir
nossas destrezas, perdendo a oportunidade se nos tornar profissionais
diferenciados por aquilo que somos naturalmente bons, acima da média.
Resumidamente:
por mais esforçada e destemida que uma pessoa possa ser, dificilmente ela se
tornará exímia em algo que ela nunca teve maestria ou habilidade prévia ou
nata. Quando trabalhamos em algo que não nos é intrínseco ou não temos aptidão,
nós gastamos muita energia, como forçar uma nova prática além dos nossos
limites ou capacidades. Isto é, alguém que nunca gostou de matemática, após
estudar e treinar muitas contas e equações, no máximo poderá se tornar mediano
nessa habilidade. Isso é muito diferente de alguém que sempre preferiu a área
de exatas, se aprofundou no assunto e hoje é o melhor administrador financeiro
que uma empresa poderia ter. Em outras palavras, o que é baixo pode se tornar
mediano, e o que é mediano e/ou nato pode se tornar excepcional.
Há uma
coisa que profissionais e empresas precisam aprender a aceitar ainda: ninguém
precisa ser bom em tudo. Em vista disso existe a possibilidade de realizar
parcerias e construir equipes mistas, para que as diferentes aptidões sejam, de
fato, complementares e, desta maneira, as debilidades sejam ocultas. Essas
parcerias são muito comuns no mundo corporativo, nos negócios e até nos
relacionamentos. Por exemplo, Walt Disney sempre teve o talento de gerar
grandes ideias, esse era o seu talento, ser um idealista. Porém, nunca entendeu
de contabilidade ou de quanto uma grandiosa nova ideia poderia lhe custar.
Para
compensar seu gap, ele tinha Roy, um administrador nato, super
habilidoso com os números e com a execução das idéias que Walt trazia. Sem Roy,
Walt seria apenas um sonhador, mas, em conjunto, criaram um império de
entretenimento como nunca visto antes.
Casos
como esses são mais comuns do que imaginamos. Steve Jobs teve Steve
Woszniak; Bill Gates teve Paul Allen. Podemos perceber que na maioria desses casos, as parcerias são formadas
com pares de habilidades complementares. Nestes casos, pessoas ideativas e
realizadoras. Como um casamento de talentos.
Quando se
trata do mundo corporativo, é comum encontrar pessoas inovadoras, popularmente
conhecidas como geradoras de ideias ou ideativas. Um segredo a respeito desses
profissionais é que, geralmente, eles são impotentes por conta própria.
Precisam sempre de um parceiro para alavancar seus “superpoderes” e eliminar os
pontos cegos gerados pelas próprias habilidades. E, infelizmente, a maioria dos
líderes não sabe como lidar ou filtrar esse rol de habilidades em suas equipes.
Tudo é uma questão de adaptar estas potencialidades aos negócios e funções
corretas.
Fonte:
BERNT ENTSCHEV Fundador da De Bernt Entschev Human Capital.
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