Prezados amigos do blog, segue para
leitura, uma análise mais aprofundada sobre a vida e carreira de duas pessoas
empreendedoras que servem de exemplo e podem nos ajudar a entender que, apesar
de todos os problemas, é preciso manter-se motivado, não desistindo dos seus
sonhos e lutando muito (diariamente) para alcançar seus objetivos na vida. Boa
leitura:
Caso
1: Alcides Braga
Alcides Braga herdou dos pais a
persistência e a paixão pelo trabalho, apesar de origem humilde, recebeu apoio
para continuar estudando, sendo o único da família, entre oito irmãos a chegar
à faculdade, desde jovem naturalmente demonstrou habilidade para conversar e se
relacionar com as pessoas, destacando-se em negociação e vendas. Aprendeu com
seu chefe em umas das primeiras empresas em que trabalhou, a construir uma
carreira de sucesso fora de sua área de formação, ou seja, a não se prender
apenas ao que aprendeu na faculdade, mas a seguir naturalmente sua vocação.
Começou como office-boy, aos 14 anos,
mas em pouco tempo migrou para o setor onde se identificou e não sairia mais, o
de vendas, anos depois conheceu seu futuro sócio, após algum tempo, mesmo
mantendo o emprego na empresa em que trabalhava (Randon), decidiu arriscar e
iniciar um empreendimento paralelo à sua promissora carreira.
Continuou na empresa em que trabalhava,
com destaque na sua área de atuação e mesmo assim, junto com um amigo, comprou
uma oficina de costura, que com a chegada do Plano Cruzado, e a retração do
mercado, obrigou-o a mudar seus planos, pois caso quisesse sobreviver naquele
mercado hostil que se desenhava então, percebeu que não bastava apenas ser
ousado e empreendedor, era preciso mais, era preciso conhecer o mercado em que
se atua, muitas empresas fecharam suas portas, permanecendo apenas as mais
sólidas e que conheciam o setor em que atuavam. Por isso teve que mudar seus
planos, vendeu um apartamento, quitou suas dívidas, fechou a empresa e seguiu
em frente.
O aprendizado obtido com este revés
levou-o ao seu ramo de origem, reerguendo-se rapidamente, pois o que tinha de
melhor era o seu talento para negociação, o que levou a se tornar supervisor
nacional de vendas da empresa FNV, porém isso não era suficiente, decidiu
arriscar novamente, porém levando-se em conta o aprendizado obtido
anteriormente, em um voo entre o Rio de Janeiro e São Paulo, identificou uma
grande oportunidade de negócio e propôs assumir a gerencia de uma filial em São
Paulo de uma empresa fabricante de baús para caminhões, teria parte de seu
salário retido e após um ano, a opção de compra da filial. Trocou uma carreira
promissora por algo incerto, não se acomodou, e com muito trabalho e
competência, conseguiu resultados extraordinários.
Os sete pontos fortes na visão de
Alcides Braga são:
- Não antecipar fases;
- Pagar sempre em dia;
- Priorizar as pessoas;
- Começar pequeno;
- Planejar e ser ágil;
- Inovar sempre, e
- Ser persistente.
Em pouco tempo, com uma pequena equipe
de vendedores com pouca experiência, consegui realizar uma grande mudança na
forma de trabalhar, na qual ele destaca que apenas acabou com a acomodação,
traçando um objetivo claro e mostrando que seria possível de atingir. As vendas
aumentaram tanto que a matriz não suportou atender e teve que se desfazer da
sua filial, aproveitando esta oportunidade, Alcides Braga decidiu adquirir as
instalações, com o agravante de que o local apenas estava preparado para
realizar reformas nos baús, não sendo possível fabricar novos, lembrando que
não dominava a parte técnica, chamou Flavio Santilli antigo colega da Randon
(empresa onde começou a se destacar profissionalmente como vendedor), para
tornar-se sócio na Truckvan, empresa que criou no início do ano de 1992.
O capital inicial veio de várias fontes,
juntaram todas suas economias, pediram dinheiro emprestado e tiveram também que
realizar um financiamento com pagamento em 15 anos, mesmo com todas as
dificuldades, sempre honraram seus compromissos, mesmo que fosse necessário grandes
sacrifícios e a venda de bens pessoais.
Nos tempos de inflação alta, as empresas
tinham resultados artificiais, pois seus lucros advinham de aplicações
financeiras, com a estabilidade do Plano Real, muitas empresas que não se
modernizaram e deixaram de ser competitivas, acabaram fechando suas portas,
abrindo oportunidade para que a Truckvan pudesse produzir baús para caminhões.
A empresa investiu em máquinas, passou a
fabricar baús com tecnologia própria, aliando o conhecimento técnico de um
sócio e a habilidade de vendas do outro, de forma complementar, produzindo sob
encomenda, de acordo com a necessidade dos clientes, se tornando atualmente numa
das empresas de maior destaque no setor, om 170 funcionários e faturamento
anual de R$ 25 milhões.
Braga conclui que o principal desafio na
administração não é a margem de lucro, mas a gestão de pessoas, sendo
fundamental o domínio da tecnologia e possuir profissionais preparados e
talentosos.
Sua empresa busca agora consolidar-se
como líder de mercado na fabricação de baús para caminhões de pequeno e médio
porte, mercado este que ainda é dominado por duas gigantes do setor. Outra meta
é manter e ampliar a liderança nos módulos especiais, por isso valoriza muito o
atendimento das expectativas do clientes, considerando que é necessário
conquistar novos clientes, mas não se pode correr o risco de perder os atuais.
Leia mais sobre o Alcides:
Leia mais sobre o Alcides:
De office-boy a dono de empresa com faturamento de R$ 30 milhões
Caso
2: Sergio Aparecido Fagundes
Na região de Londrina, temos também um
exemplo de superação de adversidades e crescimento profissional:
A Câmara Municipal de Londrina realizou
em 09/06/2011 a solenidade de entrega do Diploma de Reconhecimento Público ao
empresário e engenheiro eletricista Sérgio Aparecido Fagundes. A iniciativa
para a concessão da honraria foi do vereador Tito Valle, subscrita por mais 11
representantes do poder legislativo municipal.
O profissional Sérgio Aparecido Fagundes nasceu na zona rural de Sertaneja/PR
em 1971 e chegou a Londrina em 1977, trabalhou nas ruas como catador de papel,
mas nunca deixou de estudar.
Fagundes concluiu o ensino fundamental; ingressou
no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, no curso
profissionalizante de Aprendizagem Industrial em Eletroeletrônica de Manutenção
Industrial, posteriormente continuou seus estudos com o Curso Técnico de Eletrotécnica
oferecido pelo Colégio Maria do Rosário Castadi (PREMEN).
Ainda como estudante conseguiu seu
primeiro emprego, aos 18 anos, na empresa Nishi Eletromecânica Ltda. Passou a
ministrar aulas no SENAI, onde treinou mais de duzentos profissionais. Em 2005
concluiu o curso de Engenharia Elétrica pela Universidade Norte do Paraná
(Unopar) e permaneceu na empresa Nishi Eletromecânica, prestando serviços para
grandes empresas como Petrobrás, Transpetro, Eletronorte. Copel, Eletrosul,
Ligth, Cesp, Usina Angra 1, entre outras.
Atualmente, Sérgio Fagundes é sócio proprietário da empresa NSV Serviços
Elétricos, que atua em parceria com a Nishi Eletromecânica prestando serviços
na mesma área.
Com
vários cursos de aperfeiçoamento profissional e na área de segurança no
trabalho, ao mesmo tempo em que dirige sua empresa, Fagundes persistiu nos
estudos, o curso de MBA em Gestão de Projetos, novamente no SENAI Londrina.
Destaca-se que o Sr.
Sérgio, além de um grande exemplo de garra e superação, demonstra que é
possível acreditar no seu sonho, nunca desistir dos seus ideais e que é
possível vencer, apesar das grandes dificuldades. São pessoas com esta
determinação que constroem histórias de sucesso, provando ser possível
acreditar que não se deve perder as esperanças de um futuro melhor, como
destaca a reportagem da RPCTV, exibida no Globo Reporter, disponível abaixo:
Leia mais sobre o Sergio:
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